Cirurgia Reconstrutiva na Medicina Veterinária

Cada vez mais nossos pacientes, cães e gatos, estão próximos dos seus tutores e
são considerados membros da família, exigindo do profissional Médico Veterinário
especialização e habilidades específicas para abordar cada caso. Dentro da cirurgia geral,
a cirurgia reconstrutiva tem ganhado destaque, pois permite o fechamento de grandes
defeitos com os objetivos de manter a estética e principalmente a funcionalidade da
região afetada.


Defeitos de origem traumática e advindos da exérese de neoplasmas são as
causas mais comuns da necessidade de intervenção reconstrutiva. No entanto, é
importante lembrar que são situações que irão exigir abordagens e cuidados
completamente diferentes. Feridas traumáticas, geralmente exigem preparo do leito
cirúrgico em relação a contaminação/infecção e o ideal é que apresente tecido de
granulação. Este preparo pode levar dias ou semanas, e desbridamento cirúrgico da
ferida pode ser necessário no primeiro momento.


Quando lidamos com a ressecção de neoplasmas já temos que nos atentar aos
conceitos de cirurgia oncológica. É muito importante, quando o cirurgião não é
oncologista, trabalhar em conjunto com o oncologista clínico para decidir a melhor
abordagem diagnóstica e terapêutica para cada paciente. De toda forma, é essencial ao
cirurgião o conhecimento da biologia tumoral, da manipulação correta do sítio
cirúrgico, abordagens e margens cirúrgicas, manipulação e troca dos instrumentais e
panos de campo com o objetivo de evitar recidivas e a disseminação de células
neoplásicas.


Em ambos os casos os preceitos de cirurgia reconstrutiva devem ser empregados
e respeitados. Muitos detalhes compõe uma cirurgia reconstrutiva, desde o planejamento
minucioso, adequada manipulação dos tecidos e até o manejo pós operatório, que
podem interferir no resultado da cirurgia. Complicações pós-operatórias como
deiscência de sutura, necrose e seroma podem acontecer até certo ponto. No entanto, o
planejamento adequado e a execução da técnica corretamente minimizam as
intercorrências.

Leitura Sugerida:

  • Castro JLC et. al. (2015) Princípios e técnicas de Cirurgias Reconstrutivas da Pele
    de Cães e Gatos. Curitiba: Medvep. 1 ed., cap. 11, p.160-161.

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