Orelha Interna do Cão

A orelha interna dos cães desempenha um papel fundamental na audição e no equilíbrio, sendo uma parte delicada e complexa do sistema auditivo. Composta por um sistema de ductos e câmaras, o labirinto membranoso, é responsável por converter as ondas sonoras em impulsos nervosos que são interpretados pelo cérebro e por garantir o equilíbrio corporal. Dentro do labirinto, um líquido – endolinfa- movimenta-se e estimula as células sensoriais dessa região.

O labirinto membranoso é envolvido pelo labirinto ósseo, localizado na parte petrosa do osso temporal. As estruturas presentes no labirinto ósseo são:

  1. Cóclea: A cóclea é uma estrutura em forma de espiral que se assemelha a uma concha de caramujo e está relacionada somente com a audição. Se fosse possível retirar a espiral que a cóclea forma, seu formato seria de um tubo com início na janela vestibular terminando na cúpula da cóclea.
  2. Vestíbulo: O vestíbulo é a área central da orelha interna e desempenha um papel importante no equilíbrio. Ele contém duas dilatações – o sáculo e o utrículo – sendo que do último surgem os canais semicirculares e do sáculo, o ducto coclear.
  3. Canais Semicirculares: Estes canais são responsáveis por detectar movimentos rotacionais da cabeça. Eles estão dispostos em três planos (horizontal, vertical e lateral) e, assim como o vestíbulo, são cruciais para o equilíbrio. Quando o cão move a cabeça, a endolinfa presente dentro desses canais se desloca estimulando células sensoriais que enviam informações ao cérebro sobre a posição e o movimento da cabeça.

Portanto, as funções da orelha interna são: processar os sons e manter o equilíbrio e a orientação espacial. As ondas sonoras captadas pela orelha externa e amplificadas pela orelha média chegam à cóclea. Dentro da cóclea, as vibrações são convertidas em sinais elétricos que o cérebro interpreta como som. Os cães possuem uma audição muito mais apurada que a dos humanos, sendo capazes de ouvir frequências mais altas, o que é essencial para a comunicação e para detectar potenciais ameaças ou presas. Já o sistema vestibular, formado pelo vestíbulo e pelos canais semicirculares, é responsável por manter o equilíbrio e a orientação espacial. Esse sistema informa ao cérebro sobre a posição da cabeça em relação ao corpo e ao ambiente, permitindo que o cão se mova de maneira coordenada e mantenha o equilíbrio mesmo em movimentos bruscos.

Referências Bibliográficas

KÖNIG, H. E.; LIEBICH, H. G. Anatomia dos Animais Domésticos: texto e atlas colorido. 6 ed. Porto Alegre: Artmed, 2016

Dyce KM, Sack WO, Wensing CJG. Tratado de anatomia veterinária, 4ed. Saunders-Elsevier, 2010

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