A Diferença Entre as Pinças Cirúrgicas Crile e Kelly

As pinças cirúrgicas são instrumentos utilizados em cirurgias e procedimentos na medicina veterinária. Entre as mais comuns e frequentemente utilizadas estão as pinças Crile e Kelly. Apesar de sua aparência similar, elas possuem diferenças funcionais importantes que determinam seu uso em contextos específicos. Este artigo abordará essas diferenças, destacando as características, aplicações e vantagens de cada uma.

Características Gerais

Pinças Crile

As pinças Crile são amplamente utilizadas em procedimentos cirúrgicos devido à sua capacidade de ocluir vasos sanguíneos e tecidos de forma eficiente. Suas principais características incluem:

  • Estrutura: Possuem ranhuras transversais que se estendem por toda a superfície das mandíbulas.
  • Tamanho: Variam em comprimento, geralmente entre 14 a 16 cm.
  • Uso: Indicadas para clampear vasos sanguíneos de médio calibre e tecidos.
Pinças Kelly

Semelhantes às Crile, as pinças Kelly são igualmente utilizadas em procedimentos cirúrgicos, mas apresentam diferenças sutis:

  • Estrutura: As ranhuras transversais estão presentes apenas na metade distal das mandíbulas, sendo então, a metade proximal lisa.
  • Tamanho: Também variam entre 14 a 16 cm em comprimento.
  • Uso: Ideais para clampear vasos menores e tecidos mais delicados, devido à menor área de contato das ranhuras.

A diferença mais marcante entre as pinças Crile e Kelly reside no padrão de ranhuras nas mandíbulas. As ranhuras completas das pinças Crile proporcionam uma maior aderência em todo o comprimento das mandíbulas, permitindo um controle mais firme sobre vasos e tecidos de maior calibre. Já as pinças Kelly, com ranhuras apenas na metade distal, oferecem um controle mais delicado, sendo mais apropriadas para vasos menores e tecidos frágeis, minimizando o risco de danos.

Conclusão

A escolha entre as pinças cirúrgicas Crile e Kelly deve ser baseada na necessidade específica do procedimento e nas características dos tecidos a serem manipulados. Entender as diferenças entre esses instrumentos permite ao cirurgião veterinário realizar intervenções mais seguras e eficazes, garantindo o melhor cuidado possível aos pacientes.

Referências Bibliográficas

TOBIAS, K.M.; JOHNSTON, S.A. Veterinary Surgery Small
Animal. 2.V. St. Louis: Elsevier. 2012. 155p-158p

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